A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) é uma empresa privada brasileira de metalurgia e tecnologia, líder mundial em seu campo de atuação, com sede em Araxá, no estado de Minas Gerais, que tem como foco o desenvolvimento de tecnologias e produtos do niobio. Fundada em 1955, a empresa é controlada desde 1965 pela família Moreira Salles, ex-proprietários do antigo conglomerado Unibanco, e principais acionistas individuais do atual Itau-Unibanco. Desde 2011 tem participação acionária também de investidores chineses (15%) e de um consórcio de empresas japonesas e sul-coreanas (15%).[2]
A CBMM é responsável por cerca de 80% da produção mundial de nióbio, extraído da sua mina de pirocloro (minério de nióbio) em Araxá. A empresa não vende o minério bruto, mas sim apenas beneficiado na forma de ferronióbio, de ligas especiais para utilização a vácuo, de óxidos de nióbio e do metal puro. O beneficiamento é todo feito nas instalações da empresa em Araxá.[3]
Segundo dados de 2019, a CBMM produziu 110.000 toneladas métricas anuais de produtos de nióbio, capacidade essa que está prevista para ser aumentada para 150.000 toneladas a partir do final de 2020.[4] .[1]A CBMM foi a primeira empresa de mineração e metalurgia no mundo a obter a certificação ISO 14001.[5]
Os produtos de nióbio da CBMM são vendidos para mais de 50 países.[5] A companhia tem a sede administrativa e corporativa de vendas, finanças, tecnologia, comunicação e marketing em São Paulo, subsidiárias e escritórios de vendas na região de Pittsburgh (principal centro da siderurgia norte-americana), Amsterdã, Shanghai, Pequim e Singapura, alem de centros logísticos e distribuidores na Suécia, Espanha, Itália, Canadá, Índia e Japão,.[6] A CBMM também tem uma subsidiária de tecnologia em Genebra, a CBMM Technology Suisse.[7]
Controle acionário
O grupo Moreira Salles é o acionista majoritário da CBMM desde 1965.[5]
Em 1973, foi constituída a COMIPA - Cia Mineradora do Pirocloro de Araxá, sendo acionistas a CBMM e Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais). A CBMM é a única compradora do minério da COMIPA.[8]
Em 2011 um consórcio de empresas, privadas e governamentais, do Japão e da Coreia do Sul adquiriram 15% de participação da CBMM. Sendo constituída uma empresa para fins especiais (SPC) sul-coreana com 5%, formada pela POSCO e National Pension Service (NPS). E duas empresas para fins especiais (SPC) japonesas com 10%, formadas pela JFE Steel Corporation (JFE), Nippon Steel Corporation (NSC), Sojitz Corporation (Sojitz) e Japan Oil, Gas and Metals National Corporation (JOGMEC).[9]
Ainda em 2011, um grupo de empresas chinesas formadas pela Citic Group, Anshan Iron & Steel Group Corporation, Baosteel Group Corporation, Shougang Corporation e Taiyuan Iron & Steel Group adquiriram também 15% de participação da CBMM.[10]
A Codemig recebe 25% do lucro líquido de toda a operação com o nióbio, incluindo 25% do lucro líquido das subsidiárias na Suíça, nos Estados Unidos, nos Países Baixos e em Singapura.[5]
Referências
- ↑ Ir para:a b Alvarenga, Darlan (9 de abril de 2013). «'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos». G1. Globo. Consultado em 12 de abril de 2016
- ↑ «Timeline». Consultado em 24 de maio de 2016
- ↑ «Mina». Consultado em 24 de maio de 2016
- ↑ «Produção». Consultado em 24 de maio de 2016
- ↑ Ir para:a b c d «Sobre a CBMM». Consultado em 24 de maio de 2016
- ↑ «Onde Estamos». Consultado em 23 de maio de 2016
- ↑ «CBMM Technology Suisse». Consultado em 24 de maio de 2016
- ↑ «Sumário Mineral Brasileiro 2005 - Nióbio». Agência Nacional de Mineração
- ↑ «Japan-Korea Partnership Group to Invest in Brazilian Producer of Niobium». Japan Oil, Gas and Metals National Corporation
- ↑ «Chineses compram 15% da CBMM por US$ 1,95 bi». Estadão